COMO OS ANIMAIS

Nenhuma mulher no mundo vai sentir o amor
tão profundo quanto posso descrever agora.
Minha senhora, te percebi não só como companheira
e paixão, mas como a ansiedade e compulsão,
no compasso do batimento do coração,
no mote do verso, fazendo-me sentir pelo avesso,
ao me jogar no teu regaço, cair no teu laço,
me enroscar nos teus abraços...
Ah, se eu disser que você é a única mulher
que cabe nos meus versos, no meu peito
nos meus braços, nos meus espaços.
Você que demole minhas fortalezas, derrete meus aços.
eu poderia dizer também o quato me fazes bem
somente em saber que, o bem que eu tenho
e mesmo assim, é você quem me tem.
Amo o doce suco do teu prazer, amo fazer você tremer,
querer falar e nada poder dizer, mas expressar todo tremor
Sem uma única palavra, com silêncio dizer: obrigado, meu amor!
Nessa entrega de corpo e alma, desarmados de fúrias,
mas com todo furor, nos descansamos do melhor cansaço
para logo mais recomeçar pelos cheiros, pelos tatos,
pelas leituras corporais, pelos sentimentos espirituais,
pelas energias colossais, pelos instintos animais.
COSN