A VEZ DA ESTUPIDEZ
A VEZ DA ESTUPIDEZ
O estúpido não percebe a própria estupidez.
Expõe-se à morte dizendo lutar pela vida
Usando a liberdade de expressão pede a ditadura
Quando está ruim, diz que é melhor assim
Desde que acredita estar certo e que tem razão
Quando os números falam, tenta calá-los, esconder
A justiça é cega, mas tem duas direções:
Se favorece é louvada, é exemplo, é amada;
Se condena é parcial, seletiva, é do lado de lá.
É claro que o estúpido sempre tem razão
Se não tem, ele compra, mata e arrebenta
Corrompe, deixa-se corromper, mente
Mas apresenta a sua inversão como versão
Mente inconsequentemente, mas com convicção
Mente tão fria e tranquilamente que a gente
Vê a verdade envergonhada, infelizmente
Fica acanhada e de tão humilhada, tenta se esconder.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 24/06/2024