PRISIONEIROS
PRISIONEIROS
Caminhamos juntos, mas poderíamos voar.
- É para voar que servem as invisíveis asas.
Como anjos da guarda, aprisionados a nós
ou pássaros em cativeiro, nos parecemos.
Nossas gaiolas são de concreto, fumaça e aço.
Como eles, os anjos, ansiamos por liberdade
e até cantamos músicas inaudíveis, dolentes.
- Só não voamos porque amamos nossas gaiolas.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 24/06/2024