FANTASMA
FANTASMA
Quando eu for embora
O que farão da minha história?
Quanta mentira será dita?
Quanta verdade será omitida?
E se eu não puder ver minha fita?
E se não houver quem me defenda
De alguma língua maldita?
E se não puder resurgir
E atormentar o sono do insano?
Sem me regozijar, me diverir
Com o medo, o pavor do profano?
Ah! Vou sim, resistir
Mesmo depois das luzes apagadas.
Morrerei, mas não deixarei de existir
Tenho vidas que serão multiplicadas.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 08/07/2024