Poeta matemático
Um matemático que faz poesias. Um poeta que ama a matemática.
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Os que estão vestidos de azul:
- Olha lá, aquele de amarelo, deve estar doente.
- E aquele de rosa? Vamos bater nele?
- Lá vem aquele outro vestido de preto...
Nossa!!! Deve estar com aquele cheiro...
- Olha gente, aqueles todos diferentes!
Estão vestidos de vermelho, que raiva!
Os vestidos de verde mandaram odiar.
Ah, se não fossem os vestidos de branco...
Estamos todos precisando de um espelho!
Se cortarmos a carne, todo sangue é vermelho
Se falta o ar sem cor, ficamos frios e roxos
Quando morremos, ficamos com a cor do osso
Quando, por um momento, olhamos para o sol
Não vemos cor alguma, logo ele, uma estrela!
Quando nos ilumina, mostra nossa negra sombra
Quando amanhece, mostra-nos um claro dia
Quando anoitece, nos presenteia com escura noite
Permitindo que vejamos estrelas maiores que ele
Exibe orgulhoso, periodicamente, a prateada lua
- Qual mesmo é a tua cor? Pergunta o criador
Olha para fora, para o que estás a fazer
Olha para dentro para poder se ver
Depois que tudo passar, só o que podes deixar
É saudade e dor. Mas saudade e dor não têm cor
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 09/07/2024
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