DESCONHECIMENTO
Pelo que levo no peito
Sou suspeito ao falar de amor.
Pelas dores que levo no eito
Não falo de coragem, de pavor
Nem meus poemas falam por mim
Por mais íntimos que eles sejam
Desconhecem meu começo, meu fim
Como cães, me mordem e me beijam
Quem me morde e me beija
De mim, ainda sabe pouco
Ainda que servido em bandeja
Na cama, como poeta ou louco.
Ah, ninguém tem tudo que deseja
Eu mesmo me suplico até ficar rouco.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 12/07/2024