Poeta matemático
Um matemático que faz poesias. Um poeta que ama a matemática.
Capa Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
ÚLTIMA ESTAÇÃO
ÚLTIMA ESTAÇÃO

Tu sabias, companheiro de jornada
Que não tem bolso ou gaveta no caixão?
Quando tu morreres, daqui levas nada
Mas ganhas verme na carne e escuridão

Para quem carrega no peito a presunção
E leva tudo na força-bruta da arrogância
O cemitério é a derradeira e triste estação
Onde se findam orgulho e toda relevância

Escreves no tecer do dia a dia a tua biografia
Teus feitos, sim, têm importância verdadeira
Vigor físico, bravura, bazófia, usura e valentia

Não assustam aquela que é a cruel ceifadeira
Enquanto rosnavas, xingavas e dentes rangia
Ela sorria da tua branca e descarnada caveira
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 18/07/2024
Comentários