TÚMULO NO PEITO
TÚMULO NO PEITO
Sob o manto da noite escura
O olhar perdido tentado decifrar
O que não sabe e o que procura,
O velho homem com muito passado
Não olha mais pra frente.
Já não é mais tratado como gente
Mas como um fardo pesado.
Esse homem visto, mas esquecido,
Mergulhado em profunda nostalgia
Virou as costas para o futuro
Fugindo da prisão, da tecnologia;
Vive para dentro, ensimesmado
Enterrou no peito o futuro, a alegria
Abandonado pelos próximos, pelo Estado.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 02/08/2024