CABEÇA ERGUIDA
Quando criança me prometeram
Um país liberto, país do futuro!
Muitos mentiram e erros cometeram...
Pago inda hoje esses erros com juros.
Pago o que comprei e não recebi.
Infância perdida, juventude pintando muros...
Dizem que não sirvo, não presto
Porque não aceito a servidão, a submissão
Sou trabalhador discriminado pela cor
Pelo que penso, pelo que falo e todo o resto,
A reserva subversiva em constante protesto
Que resiste e não se curva à escravidão.
Não caibo nesse mundo de exploração...
Podem quebrar meu orgulho, minha coluna
Mas não baixo a guarda nem para o guarda da prisão.
A minha cabeça altiva se apruma
A cada covarde invertida de dominação.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 04/08/2024
Alterado em 04/08/2024