Poeta matemático
Um matemático que faz poesias. Um poeta que ama a matemática.
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Textos
PERSONAGEM


Bate na porta da minha alma, o desespero.
Com esmero, invade todos os cômodos,
Atribula a minha já minúscula calma.

Já não cabe em mim tamanha agonia
Das intermináveis noites e o teatro do dia.
Sim! Eu me tornei personagem de mim.

Um sorriso mecânico para ser simpático
A voz medida me rasgando por dentro
E os fantasmas esperando o inevitável fim.

Quando, nessa vida miserável, é você
O seu mais terrível e cruel adversário
Não há mais derrotas para perder.

Escuta-se como ladainha enfadonha
Promessas de uma improvável eternidade
Que faz a razão corar de tanta vergonha.

Não há escuridão para se esconder
Quando o torpor, a dor e a solidão
Está dentro e você é o próprio inferno.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 22/10/2024
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