ESMOLA
ESMOLA
Era um domingo. Pouca gente na rua.
Não tinha para quem pedir um trocado
Para vestir sua barriga magra e nua.
Estava entregue ao desânimo, desolado!
Eis que uma ideia em sua cabeça irradia
Foi pedir ajuda em bares e restaurantes.
Como recompensa, declamaria uma poesia
E assim saiu determinado, mas errante.
- Dê-me um pouco da sua comida, cidadão!
Serve também a sobra do suco, do refrigerante
O que não quiser mais, a sobra, a casca do pão.
Dê-me um pouco do seu tempo, um só instante
Tenho algo a dizer, se quiser escutar meu coração
Alivio a dor com poemas de amor de todo amante.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 17/03/2025
Alterado em 17/03/2025