AMOR, PERDIDO AMOR
AMOR, PERDIDO AMOR
Ardem os olhos e o estômago
As lembranças queimam o coração
Na boca, o gosto de metal amargo...
Olho para o futuro e vejo desilusão!
Dá vontade de sair por aí sem destino
Quando lembro que sem destino estou
Vou à igreja. Na cabeça só ouço o sino
Chamando a pouca fé que ainda restou.
Leio Pessoa, Neruda, Drummond e Cecília
E nenhum alento para a alma torturada
Presa em cárcere da minha remota ilha.
Quem inventou o amor, essa dor calada
Que nos pune por ter roubado a filha
De outra mãe que também foi roubada?
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 21/03/2025