FANTASMA
FANTASMA
Posso tocar suavemente a mente
De quem me ama ou me detesta
Como um afago, um beijo quente
Na face, na boca, no olho, na testa
Sem as mãos rudes, fisicamente...
É um toque de alma, luz de fresta
Que invade o sonho quase indecente
Um suspiro, o último ar que resta
Um arfar de desejo, estrela cadente
A bisbilhotar pela janela o momento
Do corpo desejado, invadido docemente
Cuja chama apagada pelo ventre
Teima em reacender novamente
Ao despertar do sonho, de repente.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 30/03/2025