ROSÁRIO SEM CONTAS
ROSÁRIO SEM CONTAS
Estou aí pelos contos remando contra as serpentes.
Não sou da parte de rimas cantadas no pedestal,
Pertenço à plêiade da plebe que brilha sob o sol.
Sou o nó gordo que mora na garganta,
O relógio que atrasa pela saudade do passado,
O sonhador que segue quando a luta não adianta.
Sou referência sem eixos cartesianos,
A independência dos ateus e dos profanos.
Também sou a oração sem as contas do rosário,
A verdade silenciosa da prece sem palavras,
O defunto que dá vida ao ar, às moscas e larvas
Só para dizer: É assim que tudo acaba!
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 03/05/2025