DORES, ODORES E OLORES
DORES, ODORES E OLORES
Há quem fecha a porta e o nariz para gente pobre.
Qual animal discriminador que usa pó e perfume?
A gente que fede como qualquer um, mas é esnobe!
Não excreta, não apodrece e não se tornará estrume?
Gosto do cheiro natural e do fenomenal petricor
Embriago-me com cheiros das manhãs de inverno
O sabor de fogo me apetece nas tardes de calor
É o céu mostrando-se ao sol como se fora o inferno
Ah... que cheiro maravilhoso das folhas outonais
Que outrora seria húmus e depois vira fumaça!
Quem se sacrificaria para viajar com os vendavais?
Também viajamos na intorpecência da desgraça
Quando presos ao concreto não pisamos os quintais
Não dançamos solitários a música muda das praças.
Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 04/06/2025